SONETO DE CIÚMES

Embora eu – falso – não admita

Embora – sendo vil – queira negar

Uma voz aqui dentro de mim grita

Sou eu, estando eu só, a ti amar.

O amor é simples e paciente

E isso também eu sei - e digo,

Mas o quando o ciúme - presente,

Mentir, eu tento, mas não consigo.

E me vendo assim de braço solto

Abre uma ferida em meu coração

Quando te vejo nos braços de outro.

E de modo entoa uma só canção

A de um homem vivo - porém morto!

E de grande, me sinto um anão.

Francisco Wilson Dias Miranda, 2005

FW DIAS MIRANDA
Enviado por FW DIAS MIRANDA em 18/08/2010
Reeditado em 18/08/2010
Código do texto: T2445268
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