SONETO DE CIÚMES
Embora eu – falso – não admita
Embora – sendo vil – queira negar
Uma voz aqui dentro de mim grita
Sou eu, estando eu só, a ti amar.
O amor é simples e paciente
E isso também eu sei - e digo,
Mas o quando o ciúme - presente,
Mentir, eu tento, mas não consigo.
E me vendo assim de braço solto
Abre uma ferida em meu coração
Quando te vejo nos braços de outro.
E de modo entoa uma só canção
A de um homem vivo - porém morto!
E de grande, me sinto um anão.
Francisco Wilson Dias Miranda, 2005