O DECOTE DA FEITICEIRA
Ela chegou-me sorrateira.
No rosto, um riso encantador
Escondia seu decote provocador.
Era manhã de quarta-feira...
Meus olhos, logo de primeira,
Evitaram-no, mas seu pudor
Não resistiu a tanto vigor
Que esbanjava aquela “feiticeira”.
E o poeta - pobre coitado! –,
Eternamente apaixonado,
Assistia a tudo de camarote.
Desde então, a minha mente,
Sempre ativa, pensa somente
No que estava atrás do decote.