A onda e o rochedo

Meu ciúme me vem em ondas bravas

explodindo em meu peito de rochedo

foram tantas as ondas marolando

que outras que virão nem causam mêdo

Hoje firme e seguro olho o horizonte

sei que muitas vieram e hoje são nada

ondas e poetas venham aos montes

morrerão na praia aos pés de minha amada

Ha! se as ondas soubessem o que acontece

cada vez que me vejo nesses olhos

de castanho tão mágico e duradouro

Ao invés de marulhar fariam prece

e veriam que podem vir de molhos

pois são meus esses dois olhos de mouros