Minha Sina
Minha Sina
E eu me pego a pensar como seria...
Vendo o vento a acarinhar tão largo lago.
Imagino se eu, bem, saberia,
Demonstrar meu amor com tal afago...
Vendo o lago o aceitar, tal qual um trago
Continuo a pensar se eu poderia,
O fazer sem cair em vão desbrago,
E ofender quem jamais eu deveria...
Qual um coito segue o lago e o vento,
De tão cúmplices, prevejo o meu tormento...
Que uma lagrima rola e cai dentro de mim.
Acalento-me com a lua “concubina”,
Tão capaz de entender, tal dor e sina,
Que por dó, se alumia, e me diz sim.