DESPEDIDA

Malvados ponteiros avisam a hora

É chegada a nossa despedida

Sensação que muito me apavora

É ter-te distante da minha vida

Irás para longe; o que de mim agora?

No rosto brota a expressão sofrida

Mesmo sabendo que não demoras

Grande saudade, sinto-me invadida

Malvados ponteiros, adormeçam!

Um tanto das horas se esqueçam

Deixem-nos juntos um pouco mais

Minutos, segundos; que pereçam!

Deixem-nos, por favor, em paz...

Despedidas são doídas demais...

(Lena Ferreira)