AMOR QUE SOBREVIVE
Não sobrevive o amor enferrujado
pelas tristes brisas da melancolia
porque deveras morto, desmotivado,
paixão na soberba dor da agonia
Se ao delírio da monotonia desce
a ternura que foge do inesperado,
é tarde que, ante a noite, empalidece
achas escuras de fogo apagado
Triste é o amor que não se deixa envolver
pela suave luz da imaginação,
fazendo o dia tornar-se anoitecer
As surpresas em alcova transformando
tangendo-se do monótono e da razão
surpreendendo como faz o oceano