No relógio da vida
Que mundo levanta um tempo?
Vagueio nos anseios do prazer,
Nas veias infinitas do intento
Que hás num ar vago a morrer,
Que hás num ciclo de momento,
Visto que é postado a todo ser
Um dia abrangente a perecer,
Ou um largo cálice de lamento.
Posto que, noutra era, num além
Não há uma tristeza de estar,
Visto que a todo tempo também
Não há outra vida a reencontrar,
Não há outro destino que contêm
O desejo d’outro tempo levantar!
(Poeta Dolandmay)