NOSSAS PEGADAS
Pálida mulher, olha como anda
Estropiada pela longa idade...
Vai, por esta cidade, caminhando....
Não olha em derredor, Não há maldade
Nem vícios em seus olhos... Segue branda
Vendo apenas as flores do caminho...
No seu trajeto já nem há espinhos,
Nem alegrias como em outras bandas...
Vai silenciosa e realizada,
Feliz talvez, talvez amargurada
Pensando no passado, vai seguindo,
É nesta hora em que se avista a estrada
Em que passamos, e nossas pegadas
Relatam o que fomos no caminho.
Geraldo Altoé