DO OUTRO LADO DO IR
Lembro-me bem do inusitado agir
De uma tal moça do destino filha.
Um dia, abril, em um caminho, trilha
A mesma estrada de um tal poeta - partir
Pela fantástica poesia - até ilha
Inabitada, onde, um amor-luzir --
Sobre o farol sem ter a luz que brilha --
Quer ver nascer lá do outro lado do ir.
Na margem outra onde amar é quimera
Que se realiza junto lá se deram.
E cada ler do pensamento só
Confluindo vai pra brilhante esfera
Onde, no amor, sonho, não vira pó
Pois reluz na ilha a saciação que esperam.
(Alexandre Tambelli, para Carla, São Paulo, 10 de abril de 2005 - 22:45h)