FLORBELA ESPANCA - Poetisa portuguesa

Florbela!... Como tanto, tanto, eu gostaria

De conhecê-la! Que mulher linda! Que amor!

Que suavidade de astros! Que doce magia!

Que gota de cristal! Que meiga e bela flor!

Quanta imagem dourada rompe na harmonia

De seus versos humanos, de mago esplendor!

Sobre os muros dos sonhos, alegre espargia

Pingos de orvalho, em madrugada furta-cor!

Traz à nossa lembrança as aventuras idas...

As noites de vigília! A primeira paixão!

Os inocentes beijos! O adeus nas partidas!

Ah! Mas por que você se foi tão cedo, então?...

O mesmo ano que viu as suas despedidas,

Trouxe-me ao mundo – pra um futuro de ilusão!

Salé, 14/09/1980