Flor impura
A flor que perfuma e que comove
A flor que tento sempre esquecer
No sonho, em seu campo envolve-me
No dia-a-dia murcha-me até morrer!
Eu abraço apaixonado a sua presença
Assim sabendo que é sonho somente...
Pois contemplo o que amo no presente
Para não haver vida minha em esperança
Ver o sonho findar-se, não quero
Adormecer neste jardim deserto
Prefiro meus olhos vermelhos em dor!
Pois como saberá uma flor impura
Tão fria, sem coração e murcha,
O quão grande que é por ela o meu Amor?