Nos braços de Morfeu...

“Abro meus olhos devagar toda manhã,
Sempre assustado tendo a dúvida na mente,
Penso e pergunto: “a consciência é uma vilã,
Ou a realidade apenas sonho que se sente?”

“Faço um rascunho do meu dia, do meu ambiente,
Ainda deitado ali tranqüilo, no divã,
E então reflito: “sei que estou vivo, consciente,
Consigo até provar do gosto da romã...”

“Levanto agora do divã bem devagar,
Virando o rosto para o espelho atrás de mim,
Não reconheço o meu semblante, nem meu olhar,
O meu reflexo é o de um ator num camarim...”

“Quebro este espelho e tombo ao chão, louco a chorar;”
Deito e adormeço – e logo o sonho chega ao fim...