Máscaras
Edir Pina de Barros
Por que viver assim, como se fora atriz?
Na face tens um véu que encobre teu semblante,
disfarças tudo, a voz, e segues sempre adiante...
E tal conduta, não, contigo não condiz.
Por que fingir assim, se nunca estás feliz?
Se não conheces paz? E estás agonizante!
A tua dor se vê – por ser demais gritante -
podias repensar, tornar-te uma aprendiz.
Renegas quem tu és, viver, assim, preferes,
a ruminar a dor... Perdeste a luz, candura,
perdeste tudo, enfim, prossegues tão vencida.
As máscaras que tens, carregas porque queres...
Escolhes ser assim, andeja sombra escura,
que some além do pó, vagando só, perdida.
Brasília, 12 de Agosto de 2010
Absinto e Mel, página 78
Edir Pina de Barros
Por que viver assim, como se fora atriz?
Na face tens um véu que encobre teu semblante,
disfarças tudo, a voz, e segues sempre adiante...
E tal conduta, não, contigo não condiz.
Por que fingir assim, se nunca estás feliz?
Se não conheces paz? E estás agonizante!
A tua dor se vê – por ser demais gritante -
podias repensar, tornar-te uma aprendiz.
Renegas quem tu és, viver, assim, preferes,
a ruminar a dor... Perdeste a luz, candura,
perdeste tudo, enfim, prossegues tão vencida.
As máscaras que tens, carregas porque queres...
Escolhes ser assim, andeja sombra escura,
que some além do pó, vagando só, perdida.
Brasília, 12 de Agosto de 2010
Absinto e Mel, página 78