LABIRINTOS

Labirinto I Labirinto II

Sinto um aperto no meu peito -/- Procuro encontrar uma saída

O arrocho me foge ao instinto -/- Mas já me sinto acorrentado

E, com esse acocho sem jeito -/- Angústia de ganhar a corrida

Da boca nem sede ou faminto -/- A conta dum tempo apertado

Não quero provar da "sicuta", -/- E, nesta mi'a busca alucinada

Talvez, quem sabe, o absinto -/- Já perdí meu ponto de partida

Pois quem a seu peito escuta -/- Não quero vagar nest'estrada

Jamais fugirá ao seu instinto! -/- Já dei tanta volta na mi'a vida

Mas como saber o que sinto? -/- No semblante da boca cerrada

Que nada para mim faz efeito -/- Da garganta, de voz suprimida

Estou preso, nefasto recinto? -/- Por sentir neste peito a ferida

Qual tétrico quadro me pinto? -/- Não quero no fim da jornada

Ter nada, do próprio respeito? -/- Que não tem volta, é só ida,

Que me prenda a um labirinto! -/- Viver para uma vida, sofrida!

Valdívio de Oliveira Correia Junior, 12/08/2010

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 12/08/2010
Reeditado em 20/08/2010
Código do texto: T2434525
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