Memórias

Fagner Roberto Sitta da Silva*

O que o vento fatal aos poucos leva, a vida

chama de esquecimento, o que não tornaremos

ver... E mesmo, no mar, se pegarmos os remos,

nunca iremos achar a nau que foi perdida.

Se retornamos de alma triste, combalida,

do fracassado intento, e, já cansados, vemos

só as ruínas... ah, contra isso nada podemos,

tudo o que existe finda nesta imensa lida.

Mas o que o vento não levou tornou-se parte

do tecido de nossas amadas memórias,

coleção de momentos unidos com arte

pelo Tempo que tece quieto, bem lento,

no seu velho tear nosso manto de histórias,

lançando fios de vida pelo forte vento...

12 de agosto de 2010.

*Membro da APEG - Associação de Poetas e Escritores de Garça.

Página Pessoal: http://fagnerroberto.blogspot.com

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 12/08/2010
Reeditado em 21/08/2010
Código do texto: T2434401
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