O eremita
Um vulto que caminha no deserto,
flutua sobre as dunas, sobre a areia,
e o vento forte sua tez golpeia,
mas segue adiante, sem ninguém por perto...
Assim se vai, ao léu, sem rumo certo,
em nada mais se ancora, nem se esteia,
e já nem sofre, nada quer, anseia,
sozinho trilha o seu caminho incerto...
E nada tem, além de um nobre vulto,
etéreo flui, vai, sozinho andeja
buscando, dentro em si, a luz, a paz...
Distante vai, fugindo do tumulto,
meditação é tudo que ele almeja,
e a busca, no silêncio, que lhe apraz.
Brasília, 12 de Agosto de 2010.
Livro: Sonetos Diversos, pg.51
Um vulto que caminha no deserto,
flutua sobre as dunas, sobre a areia,
e o vento forte sua tez golpeia,
mas segue adiante, sem ninguém por perto...
Assim se vai, ao léu, sem rumo certo,
em nada mais se ancora, nem se esteia,
e já nem sofre, nada quer, anseia,
sozinho trilha o seu caminho incerto...
E nada tem, além de um nobre vulto,
etéreo flui, vai, sozinho andeja
buscando, dentro em si, a luz, a paz...
Distante vai, fugindo do tumulto,
meditação é tudo que ele almeja,
e a busca, no silêncio, que lhe apraz.
Brasília, 12 de Agosto de 2010.
Livro: Sonetos Diversos, pg.51