A MENINA E A FLOR

A menina caminha, qual voa a borboleta... Ligeira,

De olhar maroto, colhe a sorrir um botão do jardim;

Segue com os cabelos esvoaçantes, toda ela faceira,

E, qual a borboleta ligeira, quase esbarra em mim.

A menina caminha, agora tendo nas mãos o botão,

E, certamente, leva no coração os sonhos de mulher;

A cada espaço que anda, arranca as pétalas do botão,

E, com sua voz doce diz: Bem me quer... Mal me quer.

A menina caminha, qual voa a borboleta... Ligeira,

Segue com os cabelos esvoaçantes, toda ela faceira,

A cena se faz tão linda, que o meu coração fascina;

E, ao contemplar a cena, a mim mesmo eu pergunto,

Ao ver sair do jardim dois lindos botões... Tão juntos:

A menina leva a flor, ou é a flor é que leva a menina?

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 11/08/2010
Reeditado em 11/08/2010
Código do texto: T2432446
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