Oração aos inimigos
 
Há quem no peito traga só rancor!
De ódio se transborde em amarguras,
Transmute tudo, sempre, em pedras duras,
E esqueça-se da dádiva do amor...
 
Quem nutra em si perversos sentimentos
E a rigidez que é própria só das rochas,
A intransigência vil no pensamento,
O ódio que chameja e arde em tochas!
 
Por quê? Não sei, ó, Deus tanta dureza
Se o perdão é dom que nos liberta
Trazendo um mar de paz, serenidade...
 
Perdoa, ó, Senhor! Tem piedade!
Mantenha aos que odeiam a porta aberta,
Pois plantam para si só dor, tristeza!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/08/2010
Reeditado em 11/08/2010
Código do texto: T2431166
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