VELHO VENTO
Velho vento, aventureiro
com seus passinhos abundos
vai cortando, ao meio, mundos
lançando um olhar zombeteiro
Pela estrada, vai certeiro
vai levantando do fundo
sentimentos tão profundos
e suspiros derradeiros
Deixa rastros no caminho
deixa marcas, sinais tantos
-deixa vincos, sulca risos-
Velho vento não tem ninho
mas, ao longe, escuto o canto
numa voz que não preciso
(Lena Ferreira)
1008/2010