- Poeta, ó, me dizes sem rodeios,
Porque viver no mundo a versejar?
E a lira, tanto, tanto arpejar,
Buscando tantas rimas, mil floreios?
Por que falar dos sonhos? Devaneios?
E ter o peito sempre a flamejar?
E co’as palavras versos mil forjar,
Tão sem pudor, temores ou volteios?
- Não tenho, não, respostas, argumentos...
E a ti eu me apresento nu, despido,
Mas dentro em mim me diz o coração:
Versejar é bordar com os sentimentos...
A tela desta vida, seu tecido,
Com etéreos fios douradas da paixão!
Porque viver no mundo a versejar?
E a lira, tanto, tanto arpejar,
Buscando tantas rimas, mil floreios?
Por que falar dos sonhos? Devaneios?
E ter o peito sempre a flamejar?
E co’as palavras versos mil forjar,
Tão sem pudor, temores ou volteios?
- Não tenho, não, respostas, argumentos...
E a ti eu me apresento nu, despido,
Mas dentro em mim me diz o coração:
Versejar é bordar com os sentimentos...
A tela desta vida, seu tecido,
Com etéreos fios douradas da paixão!