NA FEBRE DA CONQUISTA
Nas escarpas estéreis do rochedo
Quase a tocar nas espirais do céu
Reina o condor, altíssono, sem medo,
Acobertado pelo azul do véu.
A escaramuça ali não tem segredo!
Da liberdade faz um escarcéu!
É feroz, mas não mata por brinquedo,
Nem tem brasão de glória e nem troféu!
Mas, não obstante a pecha do preceito
Que na ferocidade se contorça,
Quase sempre usa a força do direito.
E o homem que se apregoa de humanista,
Faz o Direito para usar a força
E mata em vão na febre da conquista.