TUDO QUE ME DÁS
Se eu sou a tua inspiração na poesia,
Tu és toda razão de minha existência.
Se tu te afastas, eu choro por tua ausência,
Se aqui estás, vejo morrer minha agonia!
Com teu carinho tu preenches a carência
De uma alma amargurada e vazia...
Pois a distância é o nó que asfixia
E me conduz a esta cruel abstinência!
Quero reter-te em minhas mãos, eternamente,
Preciso que teu corpo junte-se ao meu
Em uma contradança leve - loucamente
Eu te abraçarei com mais sofreguidão
Tanto possível quanto seja o apogeu,
Em que renasce esse morto coração!
(Milla Pereira)
Para o esplêndido Soneto
TUDO QUE TENS
de
Mario Roberto Guimarães