VAI !...
Vai... Segue este teu cinzento caminho...
Segue este teu coração corroído e pobre...
Que eu celebro com uma taça de vinho...
E de sangue que em meu olhar escorre!
Vai... E não diga mais palavra alguma!
Que não há palavras mais para se dizer...
Que me embriago com sabor da espuma...
Da minha boca que se cala em desprazer!
Segue, pois, tua vida, abre esta rude porta...
Do meu ser sofrido que já nem se importa
Se tu partes em busca de felicidade falsa!
E se te é tão difícil atravessar este rubro rio
De lágrimas que vertem do meu olhar vazio...
Faz da minha saudade antecipada, tua balsa!