TARDE DE ABRIL

Deixai-me apreciar-vos, ó tardes de abril!

Vossos ventos calmos me fazem bem.

Quem me dera ter tantas tardes aos mil

Para que eu vos curta só, sem ninguém.

A solidão muitas vezs é necessária

Para pensarmos o que fizemos.

Muitas tardes de abril extraordinária

Recorda-me o primeiro filho que tivemos.

Abril sem chuvas, céu pouco nublado

Convidando o frio para chegar

Porque o calor precisa descansar

Podeis chamá-lo, estou esperando. Agasalhado

Está meu coração, não precisardes preocupar.

É pena que não tendes braços pra me abraçar.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 08/08/2010
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