Soneto recifense

À Gilberto Freire

Soneto recifense

À Gilberto Freire

Há em mim um lado luzo

que vive de saudade e verso

um navegante dos sonhos

no Capibaribe imerso

Há outro lado o tapuia

que dança ao som do flautim

um caboclinho guerreiro

que mora dentro de mim

Por fim meu lado africano

que pulsa forte em meu peito

num coração de tambor

Caboclo-de-lança azougado

sobrevivente do eito

saga da nação nagô