DOCE ABANDONO

DOCE ABANDONO

Ao ver-te assim, dormindo, repousando,

Tendo ao lado, caído, o livro amigo,

Surpreendo uma lagrima rolando

Por não poder estar sempre contigo.

Vejo teu rosto na paz dessa calma

Sem as máscaras que tanto inventamos

E enquanto dormes vou te lendo a alma

E vendo o quanto nos distanciamos...

E enquanto a vida me traz esse outono

Me vejo assim, como tosco andarilho

A caminhar em teu doce abandono

Na doce paz que também compartilho.

E fico a olhar-te e a te velar o sono

Enquanto dormes, meu querido filho...

* * *

JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 08/08/2010
Reeditado em 08/08/2010
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