Soneto da tristeza
Invade-me a tristeza, e fica, sem licença,
e inunda minha flébil alma, que padece,
detém poder maior que a mais silente prece,
e deixa-me calada e, sobretudo, tensa;
e ,quanto mais me calo, mais se torna densa,
encobre meu olhar e aos poucos me amortece,
tatua minha tez e dentro em mim fenece,
da chama da ilusão, a indispensável crença.
E, pouco a pouco, vai tecendo o denso véu
que impede-me de ver estrelas lá no céu,
(mergulha-me na noite escura e aveludada).
Fiquei descrente, sem sonhar, detenho nada,
o meu viver tornou-se eterna madrugada,
apenas frágil vulto que se vai ao léu.
Brasília, 07 de Agosto de 2010.
Seivas d'alma, pg. 71
Invade-me a tristeza, e fica, sem licença,
e inunda minha flébil alma, que padece,
detém poder maior que a mais silente prece,
e deixa-me calada e, sobretudo, tensa;
e ,quanto mais me calo, mais se torna densa,
encobre meu olhar e aos poucos me amortece,
tatua minha tez e dentro em mim fenece,
da chama da ilusão, a indispensável crença.
E, pouco a pouco, vai tecendo o denso véu
que impede-me de ver estrelas lá no céu,
(mergulha-me na noite escura e aveludada).
Fiquei descrente, sem sonhar, detenho nada,
o meu viver tornou-se eterna madrugada,
apenas frágil vulto que se vai ao léu.
Brasília, 07 de Agosto de 2010.
Seivas d'alma, pg. 71