PLÚMBEO***
É obrigado este plúmbeo do meu ser.
Ilude-se quem crer que aceito-o assim.
Apesar da humildade não quis ter
Cor que meu ser está. Foi posta em mim.
Cravando-me num gelo permanente
Ao dar-me só deveres no reflexo
Da vida a mim ditada diariamente.
Queria ser desvio! Ser sem nexo!
Ser da cor do meu espírito! Não cor
Imposta. Mas, na lógica existente,
Só cabe a nós anuir... Nosso ser deve,
Por decreto de lei, onde ele for
Não procurar ter brilho. Independente
Do querer. Somos única cor: neve.
***(Este soneto foi uma alusão ao constante cerceamento da nossa sociedade as diferenças e ao agir diversificado que seria justo os homens reivindicarem na busca de sua felicidade. Infelizmente moldam-nos iguais e querem fazer-nos, os que detém o poder, crer que só é possível sobreviver e ser feliz por completo seguindo a risca os pressupostos do Capitalismo! Mas, é possível ser diferente e eu busco, mesmo inserido no Sistema Capitalista, ser diferente e construir, ao meu modo, a minha felicidade e o meu caminho para Amar! E eu sou feliz e amo!)