TALHADO A FERRO E FOGO!





Tu que tens na alma dilacerada, a marca da ferida
Que ainda sangra e arde feito laivo de ouro quente
No talhar a ferro e fogo, fostes a arte de rude vida
E trazes neste rosto o sulco sofrido e descontente...

Soubestes revelar a matéria-prima, rara e preciosa
Pois a vida não se empenharia se não fosse assim...
E cada bruto golpe em fustigação febril, dolorosa
Foi o que te tornou tão humano e valoroso assim...

Trazes na face, o selo dourado da luta e superação
Bem cravado em ternura, teu meigo e forte coração
Tens esse perfil que o nosso Criador exibe em troféu!

Porque foste escolhido como exemplo para o mundo
Por isso, tens no peito esta medalha: Amor profundo...
Que Deus condecorou-te sob as solenes juras do céu!



(Homenagem ao poeta Recantista: MARCELO BANCALERO)