VOLTA!

No delírio cruel do pensamento

Vejo, cativo ao pó em que me afundo,

Que aumentas em distância e esquecimento

A dor que me punge a alma neste mundo!

De que me vale a vida ao leu do vento

Neste viver insosso, vil, imundo?

Sem tua imagem para o meu alento

Sou nau errante pelo mar profundo!

Volta querida! Volta ao nosso amor!

Ainda há noite febril, enluarada,

Com perfume e o mistério protetor!

Volta para o silêncio da alvorada,

Recordar nosso idílio encantador

Sob a amplidão de estrelas marchetada!