OS TEUS LÁBIOS
Mornos, macios, doces, sensuais,
Entre o carmim das faces veludosas,
Nas aras das paixões miraculosas
Como dois pomos, túmidos, fatais...
À luz dos sóis, nas campas celestiais,
Pelos jardins do amor, pisando rosas...
Riquezas, jóias raras preciosas...
Não há o que valha ou que mereça mais
Que o tesouro divino dos teus lábios.
Por eles eu daria a própria vida
Num delírio de amor e sem ressábios!
E viveria num ritual de harpejo
Se recebesse deles, ó querida,
A recompensa de um profundo beijo!