Ciclos XLVII
A brisa que desliza sobre as flores
dos pés de ipê, sem folhas, majestosos,
nem sonha que seus toques carinhosos,
irão findar encantos e fragores.
E a deslizar, suave, sem rumores,
balança os poucos galhos mais frondosos,
com seus enlaces ternos, ondulosos,
afáveis beijos, longos, sedutores.
No embalo desse encontro sem igual,
(poético, mas trágico, fatal)
aqui e ali, alguma flor flutua.
E logo todas quedam de uma vez,
atapetando a sombra dos ipês,
momentos antes tão tristonha, nua.
Brasília, 05 de Agosto de 2010.
Livro: CICLOS, pg. 7
A brisa que desliza sobre as flores
dos pés de ipê, sem folhas, majestosos,
nem sonha que seus toques carinhosos,
irão findar encantos e fragores.
E a deslizar, suave, sem rumores,
balança os poucos galhos mais frondosos,
com seus enlaces ternos, ondulosos,
afáveis beijos, longos, sedutores.
No embalo desse encontro sem igual,
(poético, mas trágico, fatal)
aqui e ali, alguma flor flutua.
E logo todas quedam de uma vez,
atapetando a sombra dos ipês,
momentos antes tão tristonha, nua.
Brasília, 05 de Agosto de 2010.
Livro: CICLOS, pg. 7