NOITES ILUSÓRIAS...



Apago em mim todos os dúbios sentimentos
Que adornaram as minhas noites ilusórias...
Solto as desilusões como flores aos ventos
Feito adornos entre sonhos sem histórias!...

Porque tudo em mim transformou-se em rios
Que escorrem dos tristes olhos do meu tempo
E os dois ponteiros do relógio são desafios...
De viver a cada segundo em contratempo!...

Agora nas altas horas da noite, a lua chora
Por toda claridade celestial que foi embora
Sem adeus, em nimbos de cinza e saudade...

E erguendo os olhos aos céus, então descubro
O lampejo de um raio em risco, reluzente, rubro...
Atingindo-me no fúlgido amor que me invade!