TEMPESTADE E BONANÇA

Que tempestade! A noite escura e fria

Com trovões e relâmpagos violentos

Que a terra enlameada sacudia,

À força hercúlea e irracional dos ventos.

O mar furioso em vagalhões se erguia

E açoitava o areal nos arrebentos.

Era como se a própria rebeldia

Surgisse dos infernos agourentos.

Galopavam os rios transbordando,

As margens invadindo, quando em quando,

Tombavam construções em louca dança.

No outro dia, entre o estrago, uma roseira!

Abria suas flores, altaneira...

Após a tempestade vem bonança!

Salé, 30/10/01, às 06h e 55min