AUTO-RETRATO
Corpo um tanto franzino,
Mas coração vigoroso;
Às vezes, sou vaidoso,
Tenho a alma de menino;
Eu não creio no destino...
A vida é dor e é gozo
E eu não sou tão teimoso
De vivê-la em desatino;
Sou homem de fino trato,
Mas sou nascido no mato
Quase sem eira nem beira;
Eu sou um poeta nato;
Esse é meu auto-retrato...
Sou Jorge de Oliveira.