Desilusão

Desilusão

Sem sequer ouvir a minha história

Alguns foram juízes a condenar-me

Baseados na palavra acusatória

De quem queria prejudicar-me.

Alguns pareciam amigos de verdade

E ganharam a minha confiança

Mas cedo percebi que sua amizade

Era igual aos pratos duma balança

Arrastados pela intriga alheia,

Tomaram e por certas creram,

Suas mentiras, caindo na teia,

Que por maldade alguns teceram.

Aqueles a quem fiz mais bem

Respeitei e em publico defendi,

Têm-me hoje na conta de ninguém

Motivação que ainda não percebi

Se a alguns fosse dado o poder,

De promover ao meu desterro,

Não hesitariam em o fazer

E decretariam já o meu enterro.

Talvez não tenha feito o bem

Que podia e devia ter feito,

Mas nunca prejudiquei ninguém

Para meu interesse ou proveito.

Quando à terra meu corpo baixar

Carregado de mágoas e feridas,

Dispenso as manifestações de pesar

Provindas de mentes fingidas!

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 16/09/2006
Código do texto: T241548