À Deriva
 
 
Somos dois  barcos soltos, à deriva,
mas navegamos juntos, lado a lado,
feito um casal unido, enamorado,
que amor e sonhos entre si cultiva.
 
Pura aparência, nada mais que isso,
há muito nosso amor está sepulto,
e dele não restou sequer seu vulto,
perdeu o encanto e força, seu feitiço;
 
entre nós dois existe só aresta,
espinhos que nos ferem, quais as puas,
ausência de carinho, desatino.
 
Indiferentes! Nada mais nos resta
Lembranças frias ou saudades nuas,
a penas somos barcos sem destino.

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 02/08/2010
Reeditado em 19/12/2012
Código do texto: T2414112
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