Fim de caso (VII)
Porque desejas tanto estar comigo agora,
que tudo entristeceu, perdeu o brilho e o tom?
Se longe já se vai o tempo que era bom
e só nos resta, enfim, a mais tristonha aurora?
Agora nos ferimos com mortal espora
e, para amar, não temos mais o nobre dom,
e tudo é falso, qual rosa de crepom,
tornou-se, a nossa vida, caixa de Pandora.
Não vês que estou morrendo triste, pouco a pouco,
e tudo se desfez quais bolhas contra o vento?
E nada nos restou para viver depois.
Não posso mais sonhar e nem sofrer tampouco,
não quero mais viver contigo um só momento
pois não suporto mais a solidão a dois.
Porque desejas tanto estar comigo agora,
que tudo entristeceu, perdeu o brilho e o tom?
Se longe já se vai o tempo que era bom
e só nos resta, enfim, a mais tristonha aurora?
Agora nos ferimos com mortal espora
e, para amar, não temos mais o nobre dom,
e tudo é falso, qual rosa de crepom,
tornou-se, a nossa vida, caixa de Pandora.
Não vês que estou morrendo triste, pouco a pouco,
e tudo se desfez quais bolhas contra o vento?
E nada nos restou para viver depois.
Não posso mais sonhar e nem sofrer tampouco,
não quero mais viver contigo um só momento
pois não suporto mais a solidão a dois.