TEIMOSIA

Minhas sandálias ficaram desgastadas

De andar por aí, sem rumo, até tarde da hora,

Procurando o ocaso, da vida, das madrugadas,

olhando o infinito distante. Tudo... embora

a teimosia, a birra, aqui dentro do meu peito pobre

onde mora os meus temores e a minha grande aflição.

Pensamentos passeiam em volta da lógica tão nobre

A sacudir meu tempo, minha alma, meu coração;

Mas a saudade mesquinha não me deixa, não sai.

Abraça-me fortemente, querendo meus ossos quebrar.

A franqueza do ser humano tem cheiro de bolor,

De coisas jogadas pelos cantos aonde o amor não vai.

Espero que os ecos me respondam quando eu gritar

Que quero só um pouquinho de atenção e de calor...

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 01/08/2010
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