A RIMBAUD

Deixe que o veneno corra e teu sangue morra

em mim, em minhas veias de vinho, areia e mar,

na gangorra de minhas ondas, na masmorra

de meu amar, no caminho certo de me encontrar.

Beba do meu cálice maldito, repousa

tua língua seca em minha boca, sinta o fogo

infinito, subterrâneo ventre da lousa,

e o teu espírito, descansa-o em meu jogo.

Pedagogo dos mortais, exila teu medo,

condena-o ao degredo desta vida e siga

a estrada desconhecida, o rubro segredo.

Tão logo se decida, meu doce menino,

ao que os augúrios do futuro nos obriga,

deixe-me saber, porque meu é o teu destino.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 31/07/2010
Reeditado em 31/07/2010
Código do texto: T2410978
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