Faces da dor IX
Que podemos reclamar desta vida
Se o destino nos quis ver apartados
E para todo sempre condenados
A sermos uma taça repartida
Ter na alma a mais etérea ferida
Nossos peitos em mágoa afogados
Somos apenas barcos naufragados
Pelo imenso mar da despedida
Deixando apenas versos incompletos
No branco dos lençóis de puro linho
Na triste solidão da madrugada
Nas flores decaídas na calçada
Quer retornar aos ávidos afetos
Mas, se tornou escuro tal caminho...