AS CORES DA SAUDADE
Odir, de passagem


Quando o amor termina, some o som.
Um silêncio tenaz se faz presente.
Sombras assombram sonhos, de repente,
findando tudo o que ficou de bom!

Em um cigarro, a marca de batom,
as contas de um colar, um friso, um pente...
- como machuca, como dói na gente
as cores da saudade em qualquer tom!

É uma dor possessiva, dor ingrata
que fere, que machuca, que não mata
mas deixa marcas imortais depois.

A cena acidental, porém comum:
ver um dos dois a procurar por um
e o ser sozinho a desejar ser dois!

JPessoa, 30.07.10

oklima
Enviado por oklima em 31/07/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2410184
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