Soneto-me de Pena a Pessoa
A Carlos Pena Filho e Fernando Pessoa
Bastou-me em julhos de esperar agostos
Encontrar-me com Pena de rabiscar meus viés
Esses que me traçam caminhos certos e tortos
Nos quais acertam andarilhos meus errantes pés
Bastou-me encontrar com corrida de olhos Pessoa
Que arrastou-me em recém pensados tênues versos
Aqueles que encontravam-se intensos, imensos e imersos
Na profundidez de meu sentido próprio quando ecoa
De certo sabendo que conservo valorosos sujeitos Poetas
Quando quedo-me a buscar incessante o poeta que sou
Prevalecendo-me a existência com rimas e metas
Falando-me das auroras de sol intenso de sofreguidão
Quando forte ardem e rebrilham com estrondoso fulgor
Aqueles verbos que tento plantar no solo de minha canção