Clemência
 
Oh! Mata-me de vez! Eu não suporto mais
viver assim sem ti, sem ter o teu carinho,
e triste fico assim, pois sei que estás sozinho,
e amor igual ao meu tu não terás jamais.
 
E bem depressa vem! Acaba com meus ais!
Amaina  minha dor, arranca-me esse espinho,
difícil, para mim, olhar o nosso ninho,
e nele derramar os prantos noturnais.
 
E mata-me de vez, desejo a liberdade,
depressa vem e, enfim, acaba com a saudade
que amarga o meu viver que, aos poucos, se agoniza.
 
Envolve-me, sem dó, na eterna e fria brisa,
depressa vem, te imploro, e tudo finaliza,
em tudo põe um fim, na dor que assim me invade..
 
Cuiabá, 30 de Julho de 2010.
Seivas d'alma, pg. 81
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 30/07/2010
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T2408321
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