Um para o outro

A tarde evapora num sol congelado

E no horizonte silenciam-se as vozes

Perdidas no meio de feridas atrozes

De palavras mudas no peito sufocado.

No silêncio seus lábios se encontram

E tantas palavras que precisavam ser ditas

Emudeceram no calar de almas aflitas

Que como fogo e gelo se afrontam.

O oposto se funde na insensatez

Na contradição de um sentimento

De um amor que lhes parece proibido

Naqueles olhos que na primeira vez

Fiseram daquele simplório momento

A razão única porque têm vivido.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 28/07/2010
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