Só Neto
Que não tem mais prestígio, eu sei de sobra,
Esta forma “careta” de criar;
Pois o verso da moda faz da obra,
Uma peça moderna e singular.
Muita gente me pede e até me cobra,
Fazer um belo poema sem rimar,
Mas se me vêm o verso e a rima, dobra
Esta vontade de metrificar.
E assim de verso em verso vou compondo...
E os versos vão saindo e vão rimando...
E quando me dou conta, eis um soneto.
Mas fico meio cismado quando o leio;
E a conclusão vem logo se o releio:
Eu devia fazer e criar SÓ NETO.