Devassa!
Arrastada por uma fúria louca
Tu, devassa dos meus sonhos,
Apossastes de minhas roupas
Que por vergonha, já não as ponho.
Tu que me embriagastes por horas,
Esquecestes que já fui teu homem...
E esse amor que hoje deploras
É o mesmo que quisestes ontem...
E numa viagem de tempo curto,
Para embravecer-me, estou certo,
Matastes, sem muito surto
Um amor que fora incesto.
E logo, sem muito custo,
Irias viver de resto!