ARANHOL

Sonho que sou o pássaro canoro

Que te dá melodias da gaiola;

A minha liberdade eu não imploro

Porque co’a música minh’alma evola;

Quando neste poleiro a vida eu choro

O pensamento pelo espaço rola...

Estas grades demarcam onde moro,

Mas aonde eu vou o espírito controla.

Por esse teu carinho não sou triste,

Tu misturas amor ao meu alpiste,

Mesmo enjaulado eu sei não ser sozinho...

Como homem eu te entendo e te amo tanto,

Que para te alegrar com belo canto,

Queria ter nascido um passarinho...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 25/07/2010
Código do texto: T2398816
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