Cachoeira Emancipada

Que cidade de outrora aculturada,

Algodoeira de coreto e de pinguela.

Do passado “Cachoeira” emancipada-

-Itatuba, “seu cinema” foi com ela!

De taberna, chão batido e de capela.

De barraco, até praça inacabada.

Quem nos dera agricultura cooperada...

Que lembrança o teu filho terá dela?

E amanhã quem serás Cayuraré,

Com o teu leito sórdido e poluído?

Com essa fossa leviana de ralé,

Meu silêncio solitário adormecido,

Denuncia o desarranjo e quem quiser,

Faça alegre meu soneto entristecido.

Edinaldo Leal
Enviado por Edinaldo Leal em 25/07/2010
Reeditado em 25/07/2010
Código do texto: T2398324