AS FLORES NÃO MORREM...

É de manhã e o sereno, de sol, se brinda,

Sobre as pétalas em conchas, tão rosadas;

Do vermelho botão que não se abriu ainda,

Entre as rosas tão lindas e já perfumadas.

Com esmero, esguicha a brisa o jardineiro,

No banho matinal das flores perfumadas;

Enquanto o botão que não se abriu inteiro,

Vê cair ao solo algumas pétalas, já cansadas.

Do botão que então se abriu, cai o sereno,

E, qual filho que quando ainda é pequeno,

Vê partir a mãe, tristes lágrimas escorrem;

Assim é a vida, com felicidades e dissabores,

Alguns botões se abrem ao encantar das flores,

Mães se encantam, pois as flores não morrem.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 25/07/2010
Reeditado em 16/05/2013
Código do texto: T2398279
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