AS FLORES NÃO MORREM...
É de manhã e o sereno, de sol, se brinda,
Sobre as pétalas em conchas, tão rosadas;
Do vermelho botão que não se abriu ainda,
Entre as rosas tão lindas e já perfumadas.
Com esmero, esguicha a brisa o jardineiro,
No banho matinal das flores perfumadas;
Enquanto o botão que não se abriu inteiro,
Vê cair ao solo algumas pétalas, já cansadas.
Do botão que então se abriu, cai o sereno,
E, qual filho que quando ainda é pequeno,
Vê partir a mãe, tristes lágrimas escorrem;
Assim é a vida, com felicidades e dissabores,
Alguns botões se abrem ao encantar das flores,
Mães se encantam, pois as flores não morrem.